Lembro de uma ocasião, que apesar das parcas condições de vida,
foi tudo muito divertido.
Sabe, aqueles desejos, aquelas vontades infantis que você não
realizou e elas ficam ali no seu pé, lhe cobrando...como se você
fosse devedor de si mesmo? Pois é!
Foi no ano de 1997 para 1998. Eu e a Priscila já estávamos
casados, e olha só a situação:
Havíamos nos casado há poucos meses. Ela tinha quebrado o pé
direito de forma tão grave que foi necessário cirurgia com
parafusos, chapa de titânio e tudo mais! Mesmo assim, ela ficou
grávida da Lais e eu havia perdido meu emprego - meu primeiro
emprego – justamente porque eu precisava cuidar dela... difícil
não é?
Priscila sofria – e ainda sofre – com insônia e diante de tudo o
que acima citei, é que ela não dormia mesmo, e eu, desempregado,
não tinha a obrigação de levantar cedo. Resultado: passávamos as
noites acordados conversando, jogando vídeo-game e dormíamos
durante o dia.
Em uma dessas madrugadas, a qual
ficamos conversando e fazendo planos, de repente lá por volta das
6h. da manhã começamos a ficar com fome. Não tinha nada
na geladeira! Eu teria de ir até o supermercado mais próximo para
comprar o café da manhã, mas ainda era muito cedo e o mercado só
abriria às 8h.
Para passar o tempo, ficamos falando sobre nossas infâncias, das
vontades e fantasias. Certamente por influência da fome, começamos
a relembrar de desejos de comer coisas absurdas e em grande
quantidade, coisas que só mesmo crianças podem imaginar: beber uma
lata inteira de leite condensado, comer uma metade inteira de
melancia – bem gelada – com uma colher, comer Romeu e Julieta –
queijo com goiabada – até sair pelos olhos, comer um super omelete
feito com uma dúzia de ovos, comer uma caixa inteira de maria mole,
daquelas que eram vendidas nos bares, etc, etc...
Um desejo desses que tínhamos em comum, era comer cada um, um pote
de 2 litros inteiro de sorvete de milho-verde. Pronto! Não deu
outra. Lá fui eu às 7h esperar o supermercado abrir para comprar
dois belos potes de sorvete de milho-verde. Infelizmente, o dinheiro
não foi suficiente para comprar dois, mas apenas um daria para o
gasto.
Já em casa, sentados na cama e cada um com a maior colher que
encontrou, atacamos como feras selvagens e famintas o potão de
sorvete. Foi um delírio. Parecíamos dois tubarões brancos no
frenesi do ataque á presa.
Terminada a orgia do sorvete, dormimos profundamente até as 15h, totalmente satisfeitos e realizados.... cara, foi muito bom! Quando relembro isso com a Pris, seus olhos chegam a brilhar como outrora.
Dêem uma passadinha no blog do ED&PRIS e curta mais algumas historinhas!
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http://www.ipernity.com/blog/51444
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